Atenção: nenhum isoptero foi ferido durante a noite. Mas um minuto de silêncio pelo boi. |
Acredito que todos gostem de viver aquelas dias diferentes. Sair da rotina, curtir um pouco, viajar. Eu particularmente adoro. E foi com esse intuito que peguei a estrada com meus amigos Kareen e João, junto com meus amiguinhos Sofia e Arthur rumo a Feira de Santana, na quarta-feira passada. A desculpa era pegar o carro no conserto e um cinema, mas acabamos num passeio turístico pelo Feira VI, onde fui convidado a provar um delicioso cupim, no tradicional Quatro Estações. Aos detalhes:
Geral: O Quatro Estações é um bar tradicionalmente freqüentado por estudantes. Gerações deles, pelo que soube. Alguns grandes amigos meus já haviam comentado a respeito, e me senti bastante saudosista no local, lembrando de momentos que não vivi, sentindo a presença de Carla e Ronaldo comigo. Era dia de jogo e o ambiente estava bastante barulhento. Mas não se enganem: é aquele barulho gostoso que afasta os maus espíritos. A energia circulando no ar é jovem e fresca. O ambiente é relativamente grande e as mesas se amontoam. Ótima pedida se você busca encontrar amigos ou encontrar aquela pessoa que sempre esteve de olho, mas nunca teve coragem de chegar junto. O atendimento foi eficiente e a garçonete, fardada, simpática. Menos simpático é o cartaz com as regras do recinto, afixado nas grades como papiros romanos. Contudo, devo admitir que as regras são sensatas e a situação engraçada. Dá mais um toque folclórico ao bar.
Higiene: Não pude averiguar a fundo esse quesito. A comida parecia bem, principalmente a carne, que obviamente precisa ser preparada na hora. A salada me deixou um pouco receoso, confesso, os tomates estavam bem maduros, o que de uma maneira geral é bom, mas o cheiro e o aspecto me preocuparam um pouco. Todos os garçons usavam toca e eu torci para que na cozinha também!
A comida: O prato principal foi o famoso cupim! A carne é grelhada, salvo engano, e não assada. Sendo assim, a consistência estava mais firme do que no churrasco. Quem me conhece sabe como sou fresco pra gordura e nervos na carne. Quando criança não comia cupim justamente por conta da gordura entranhada. Mas nesse caso não houve problema algum, muito pelo contrário! Consegui comer toda a peça sem dispensar nada. A textura dava para mastigar lindamente, a gordura derretia na boca e o sabor estava excelente. A carne estava suculenta, cheirosa e o sal corretíssimo. Quando chegou a mesa, soltando aqueles vapores, a salivação foi intensa. Apesar da porção generosa, comeria mais e mais, só de gula. Quem iria gostar muito também é o meu pai, que me ensinou a saborear um bom cupim.
Acompanhamento: A carne vem acompanhada de feijão tropeiro, arroz branco e vinagrete. O feijão estava bem gostoso, assim como a salada de tomates bem maduros e um pouco de coentro, que gosto bastante. O arroz, bem, é o arroz. Tudo é servido em pequenas cumbucas. Pela quantidade reduzida de acompanhamento, percebe-se que é um prato para aperitivo. Mas daqueles aperitivos reforçados, que sustentam muitas rodadas de cerveja sem perder a pose.
Preço: Olha, quando a porção de cupim chegou à mesa me surpreendi. A quantidade é bem generosa. Comeram, na classe, três adultos e as crianças petiscaram um pouquinho. Pedimos também mais umas porções de feijão, não tenho certeza se entraram na conta. Achei o preço bem razoável, ainda mais se for naquele esquema que falei: um prato pra segurar a onda e tome-lhe cerveja! Principalmente na segunda-feira, dia em que esta bebida é dobrada. E o ambiente pede, ainda mais no conhecido calor de Feira de Santana.
Até o próximo encontro! Não deixem de comentar.